5.7.05

GUIMARÃES ROSA

Assitia o jornal da hora do almoço hoje, já que estou de férias (morram de inveja!), e vi uma reportagem sobre as obras indicadas para o vestibular, dentre as quais figura "Grande Sertão: Veredas", do Guimarães Rosa. Na reportagem uma vestibulanda disse que temia a leitura, já que todos dizem ser essa uma obra difícil. De fato, o livro habita a estante de minha sala há algum tempo, e nunca levei a cabo o propósito de lê-la.
Lembrei dessa citação, de origem muito querida, que veio acompanhada do seguinte comentário: "Veja que bela e profunda esta citação do Guimarães Rosa". De fato.

''Como escritor, não posso seguir a receita de Hollywood,
segundo a qual é preciso sempre orientar-se pelo limite mais baixo do entendimento.
Portanto, torno a repetir: não do ponto de vista filológico e sim do metafísico,
no sertão fala-se a língua de Goethe, Dostoiévski e Flaubert,
porque o sertão é o terreno da eternidade, da solidão.
No sertão, o homem é o eu que ainda não encontrou um tu;
por ali os anjos e o diabo ainda manuseiam a língua''.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Guimarães Rosa não é fácil.
Mas não precisa temer.
É um pouco dificil compreendê-lo sem um mergulho mais profundo no cerrado. Conversar com o matuto e vislumbrar a grandiosidade do ambiente ajudam na compreensão.
Quando, por obra de Deus ou do homem, morrer uma rês e o Zé Matião preparar uma vaca atolada nos confins do Bananal eu mando um miguilim para te convidar.

12:51 PM  
Blogger guim7 said...

Em caráter experimental

http://guim7.blogspot.com/

5:56 PM  
Blogger André Carneiro said...

Não gosto das leituras superficiais hollywoodianas, realmente nivelam por baixo. Mas assim é com tudo, basta assistir TV. "Resistir é inútil" (Palpatine)

9:29 AM  

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